16.9.06

Nem que a gente morra

Não sou fã de Caetano, embora goste de algumas de suas músicas. Mas sabe quando alguém escreve antes de você o que poderia ter sido redigido pelas suas mãos, tamanha a verdade que te passa? Pois é.

"Não, nada irá nesse mundo/ apagar o desenho que temos aqui/ nem o maior dos seus erros/ meus erros, remorsos, o farão sumir/ vejo essas novas pessoas/ que nós engendramos em nós/".

E eu, que já me acostumei a morrer quase todo dia, para renascer no outro, não consigo parar de repetir:

"Nada, nem que a gente morra/ desmente o que agora/ chega à minha voz”.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Vc podia escrever um post sobre o que é isso que chega a sua voz. Fiquei curioso.

12:25 PM  
Blogger Rodrigo said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

4:13 PM  
Blogger Rodrigo said...

"...essas novas pessoas que nós engendramos em nós."

Há formulações, certas escolhas de palavras, que iluminam nossa maneira de ver o mundo, e nós nele. Na primeira vez que li o post, algo apressado, não lhe dei a devida atenção; agora, voltando a ele, entendo melhor por que o escreveu. E fico pensando no que ou em quem eu -- e acho que falo por cada visitante deste blog -- estarei engendrando a cada novo dia.

Dizem que somos partícipes na Criação. Ao menos no que toca a nós mesmos, e já é muito, isso é uma maravilhosa verdade.

Foi um belo insight, Vida.

Um beijo,
Azel.

4:16 PM  

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